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Negacionismo e omissão do Governo pode criar apagão elétrico em novembro

Condução desastrosa e negacionista da ONS e Ministério de Minas e Energia agravou a crise energética


Há meses temos denunciado a seca da Bacia do Rio Paraná que causa impacto em diversos estados, especialmente em São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul. Mais do que isto, a previsão de crise hídrica não foi uma novidade retirada da cartola. O Rio Paraná já sofreu em 2020 com a falta d'água e institutos mais e especialistas denunciavam que o problema se arrastaria pelo menos por 2021, impactando frontalmente o modelo energético adotado pelo Brasil.




A bacia do Rio Paraná é o motor hidroelétrico do país e responde por mais de 50% do armazenamento de água para geração de energia elétrica no Brasil. Em junho, o Governo determinou a redução da vazão das usinas.



No gráfico abaixo, você pode acompanhar a vazão defluente na usina hidroelétrica de Porto Primavera, em Rosana-SP. Na linha vermelha, vemos a redução a partir de junho e essa queda teve impactos não apenas econômicos para os municípios, mas uma devastação da biodiversidade do Rio Paraná.




Somente no trecho de Porto Primavera, com os testes de redução de vazão, mais de 4 toneladas de peixes mortos foram recolhidos, segundo laudo da CESP, a causa foi associação das ondas de frio com a baixa das águas e com impacto direto em espécies exóticas da região amazônica, como o Tucunaré. Pescadores denunciam espécies nativas enterradas sem ser contabilizadas.

A seca no leito do Rio Paraná e a inviabilização da navegação refletiu com impacto direto na renda dos pescadores, comerciantes e quem depende do turismo e pesca nos municípios do trecho afetado.


Em setembro, coincidentemente as águas começaram a subir com o ajuste de vazão, mas sem as chuvas esperadas os reservatórios já operam no limite com no máximo 30 dias para a produção de energia elétrica. A usina de Ilha Solteira já anunciou que opera com 6% do seu reservatório e o efeito cascata possivelmente chegará em Itaipu até meados de outubro caso não haja um dilúvio. Mais do que energia cara, o racionamento irá devolver o Brasil no início dos anos 2000 com apagões elétricos pra somar-se as diversas crises que já enfrentamos, como o desemprego, fome e inflação. Tudo isso com a perspectiva dramática de privatização da Eletrobrás.

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