Entre rios e florestas: o retrato ambiental de Teodoro Sampaio

O município de Teodoro Sampaio ocupa o 28º lugar no ranking do estudo MARPScore, elaborado pela ONG Rio Paraná, que avalia o desempenho ambiental dos municípios da bacia do Rio Paraná. Localizado entre dois grandes rios — o Paraná e o Paranapanema —, o município tem uma posição geográfica estratégica e uma forte relação com os recursos hídricos da região.

Tesouro do Pontal do Paranapanema. Essa espécie, exclusiva do interior paulista, depende diretamente da proteção das matas nativas.

Os índices do inventário ambiental servem para medir a situação dos recursos naturais e ambientais, apresentando dados sobre qualidade da água, saneamento básico, cobertura vegetal, gestão de resíduos e políticas públicas ambientais.

Em Teodoro Sampaio, os números mostram que 84,8% da população tem acesso ao tratamento de água — um índice considerado alto, mas que ainda pode ser ampliado para alcançar a universalização. Por outro lado, o dado que mais preocupa é o de áreas verdes, que representam apenas 29,1% do território, evidenciando a necessidade de ações de reflorestamento e preservação da vegetação nativa.

Outro ponto de atenção é o orçamento ambiental, que é de apenas R$ 158,12 por habitante, além da ausência de uma Secretaria Municipal de Meio Ambiente, o que limita a implementação de políticas públicas e o acompanhamento de programas de preservação.

Apesar desses desafios, o município apresenta importantes avanços. Teodoro Sampaio possui um Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, voltado à coleta seletiva e ao destino adequado dos resíduos urbanos. A cidade também se destaca por abrigar o Parque Estadual Morro do Diabo, um dos últimos remanescentes significativos de Mata Atlântica do interior paulista, considerado um verdadeiro tesouro ecológico e lar de espécies ameaçadas, como o mico-leão-preto (Leontopithecus chrysopygus).

Essas ações demonstram que, apesar dos desafios, Teodoro Sampaio tem potencial para se tornar referência em sustentabilidade ambiental, desde que haja maior investimento público, envolvimento da comunidade e valorização da natureza como parte essencial da identidade local.